OS PESCADORES DE PÉROLAS - GEORGES BIZET
Ópera em três atos do compositor francês Georges Bizet, situada em tempos antigos, na ilha de Ceilão. Conta a história de como um voto de amizade eterna entre dois homens é ameaçada pelo amor à mesma mulher, cujo dilema é o conflito entre o amor secular e seu juramento sagrado como sacerdotisa. Régis Mengus interpreta Zurga, líder dos pescadores e um dos vértices deste triângulo amoroso.
Ato 1
Pescadores de pérolas falam das tarefas que tem pela frente, e realizam danças rituais para afastar os perigos. Zurga é eleito líder, ou "rei". Nadir entra, e é saudado por Zurga como amigo. Deixados a sós, falam sobre o passado, quando a amizade entre eles quase foi destruída por amor mútuo a uma jovem sacerdotisa, cuja beleza haviam vislumbrado brevemente. Eles renuciaram a esse estranho amor e juraram manter-se fiéis àquela amizade.
Um barco chega à praia levando Leila, a sacerdotisa virgem cujas orações são necessárias para garantir a segurança dos pescadores. Embora nenhum deles a tenha reconhecido, ela é a mulher por quem Nadir e Zurga apaixonaram-se. Os pescadores vão ao mar. Leila canta. Nadir, reconhecendo sua voz, vai ao templo. E os dois declaram paixão.
Ato 2
No templo com Nourabad, Leila expressa o medo de ficar sozinha, mas Nourabad exorta-lhe a ser corajosa e cumprir seus votos a Brahma, sob pena de sua própria morte. Nadir entra. Temendo as ameaças de Nourabad, Leila implora-lhe que saia, mas ele continua e os dois declaram seu amor. Ele parte, prometendo voltar na noite seguinte, mas ao sair é capturado pelos pescadores e trazido de volta ao templo.
Zurga, como líder, num primeiro momento resiste ao clamor dos pescadores para a execução de Nadir. No entanto, após Nourabad remover o véu de Leila, Zurga a reconhece. Consumido por ciúme e raiva, ordena que Nadir e Leila sejam condenados à morte. Começa uma tempestade.
Ato 3
Em sua tenda na praia, Zurga observa que a tempestade diminuiu, assim como a sua ira. Agora sente remorso. Leila é trazida e cativa-o por sua beleza. Enquanto escuta seus apelos pela vida de Nadir, seu ciúme acaba. Ele confessa-lhe seu amor, mas se recusa a perdoar. Nourabad e alguns dos pescadores entram para informar que a pira funerária está pronta. Fora do templo, Nadir a espera. De repente, um brilho aparece no céu, e Zurga corre para informar que o acampamento dos pescadores está em chamas. Enquanto os homens se apressam para salvar suas casas, Zurga liberta Leila e Nadir. Reconhece que seu amor por ela é em vão, e diz-lhes para fugir. Zurga é morto e entregue à pira, por tê-los libertado.